Este relatório final procurou ser o mais imparcial possível, mas as condições que se apresentaram não foram nada favoráveis a esta imparcialidade.
As atitudes tomadas pelas partes envolvidas foram as mais diversas e surpreendentes possíveis; TURI, COOPERSELLTA, PREFEITURA DE SETE LAGOAS; que serão explicadas conforme se segue:
Este trabalho iniciou-se em janeiro, e deste período para cá ocorreram diversas mudanças no setor, com alguns setores se dedicando a levar a serio estes relatórios, e outros nem tanto.
O que mais me intristeceu foi que este é um problema municipal, e os órgãos competentes nem sequer tomaram conhecimento, exceto a empresa TURI, que se mobilizou e realizou todas as observações por mim retratadas; inclusive convocando-me para reuniões para discutir o porquê d´eu estar agindo desse modo;
TURI e COOPERSELTTA se digladiaram colocando a população no meio do confronto, visando apenas obtenção de lucros;
Com o inicio destes relatórios identificando e apontando os problemas de ambas empresas tomaram um rumo diferentes em suas posições;
A TURI se destacou em atender e levar a serio, não só os meus anseios, mas de toda a população setelagoana, melhorou e muito os serviços de atendimento ao público, bem como o numero de veículos que atendem a população aumentou e a frota tem se renovado constantemente; E se comprometeu a inclusive a colocar um sistema de comunicação moderno dentro dos coletivos de modo a instruir e orientar os passageiros em suas viagens.
Já a COOPERSELLTA, preferiu tomar outro caminho, continuou com um atendimento mal planejado e muito mal executado, posso destacar apenas alguns itens que foram transmitidos nos Relatórios I e II, que continuam e por vezes até piorou e muito:
• Os motoristas continuam trafegando em alta velocidade, avançando os sinais vermelhos, e o que é pior, dirigindo com uma imprudência que não se pode nem relatar.
• Os trocadores não foram treinados em como tratar os passageiros; os mesmos são tratados como se a COOPERSELLTA tivesse fazendo um favor de transportá-los, alegando que a TURI sempre fez o que bem quis e ninguém nunca reclamou, e agora eles estão aqui para melhorar o transporte em Sete lagoas.
• Os veículos estão sendo “trocados”, por veículos mais novos, modernos e confortáveis, porém o que se vê é que os veículos substituídos voltam a trafegar em horários de pico, ou em finais de semana, quando movimento é fraco, o que deveria ser uma renovação de frota esta sendo usado para aumentar a frota e o péssimo serviço dos veículos substituídos.
• Os veículos “novos” já estão chegando com um novo sistema de solicitação de parada, os botões de coluna, que são números insuficientes para atender a população em horário de pico, pois, elas ficam constrangidas de pedirem a outras pessoas para dar o sinal para elas.
• Conforme informações colhidas entre os funcionários da Coopersellta os ônibus estão sendo trocados para colocação das catracas eletrônicas, mas não é exatamente o que está acontecendo, trocaram muitos veículos sim, mas alguns proprietários mais expertos, estão apenas pintando o veiculo antigo com as novas cores e colocando as catracas; agora cabe ao nossos fiscais do poder executivo tomar sua providencias.
• A modalidade do passe livre esta tomando proporções alarmantes, os idosos ficam com receio de andar nos veículos e até de dar sinal, quando estão sozinhos no ponto, com medo dos motoristas não pararem, sabendo que é de carterinha.
• O serviço executado nos finais de semana é ainda mais melindroso, pois, já houve ocorrência policial de motoristas inabilitados ou sem a categoria exigida para o transporte de passageiros, eu mesmo já presenciei fatos de que o motorista aparentava não ter mais do que 18 anos.
• Não sei se o fato de a COOPERSELLTA ter um representante no Poder Legislativo interfere nesse meio, o que se sabe é que os abusos continuam.
• Alguns motoristas não se sabem os motivos, estão ficando nos pontos do centro da cidade atrapalhando o fluxo de veículos naquele local, alegando que estão adiantados no horário e não podem seguir viagem até dar o tempo programado; estranho, pois os mesmos só seguem o horário da TURI, andando sempre na frente da mesma, vai que acontece algum imprevisto com a TURI ou ele adianta sua viagem e tem que ficar esperando o veiculo chegar para poder andar na sua frente. Este fato foi levado ao conhecimento do edil vereador Marcelo da Coopersellta, que nem se importou com o fato, ou fez de conta que não era com ele.
• Foi levantado um problema dentro de um veiculo da Coopersellta e o passageiro falou que iria levar o fato até a cooperativa, o trocador e o motorista de modo sarcástico disseram, “ não vai adiantar de nada mesmo, pode fazer a reclamação que quiser.”
O poder de fiscalização municipal também tomou uma atitude nada regular, as vezes eu os vejo sentado nos veículos de fiscalização muito bem identificados e muito bem sinalizados, parecem até aqueles detetives de filmes americanos, de óculos escuros e tudo mais, bem discretos.
E quanto ao dever de fiscalizar, bem, deve ficar em segundo plano, pois a intenção não é de atrapalhar o serviço dos pobres cooperados, eles trabalham tanto, e nós não podemos sobrecarregá-los com mais esta preocupação.
Deixo este relatório como ponto final de um trabalho consciente, sabendo que alguma coisa foi feita.
Mas esta atitude não para por aqui, estarei sempre vigilante sobre os interesses do POVO.
Fica um pequeno verso do texto: “Carta para a Ética.”
“ ...........NÃO DÁ PARA MUDAR O COMEÇO, MAS COM CERTEZA VAI DAR PARA MUDAR O FINAL.”